terça-feira, 15 de junho de 2010



AS SETENTA SEMANAS DE DANIÉL

Em Daniel 9: 25 lemos: " Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até
Messias, O Príncipe, haverá Sete Semanas e sessentas e duas semanas" ,ou seja, 483 anos, porém aqui não há alusão à morte do Messias, levando-nos à conclusão de que se trata do início de seu Ministério, pois somente no versículo 26 é que se menciona a morte do Messias.....

Mensagem : As setentas semanas de Daniel
Objetivo : Revelação a igreja sobre as setentas semanas
Texto Base : Daniel 9:24 a 27



AS SETENTA SEMANAS DE DANIÉL




Chegou-me as mãos um exemplar do livro " Daniel e Apocalipse" - Segunda edição, ano 1985, cujo autor é o Pastor Antônio Gilberto, um dos expoentes da Teologia Judaizante, publicado pela CPAD - Casa Publicadora das Assembléia de Deus. O capítulo nove do referido livro, vemos o autor abordar as Setentas semanas de Daniel, cuja interpretação é como um vírus que contamina todo o corpo Teológico, sendo o órgão mais afetado a Escatologia. Passaremos a expor o entendimento do alusivo autor e em seguida daremos nossa opinião.



O autor afirma na página 59 : " Se não entendermos bem a profecia das Setentas Semanas, tampouco entenderemos o Sermão Profético de Mateus 24, e nem o Livro de Apocalipse, uma vez que ela abrange esses dois. Quase todo o livro de Apocalipse( caps. 6 a 22) é apenas uma aplicação da profecia preditiva das Setentas Semanas de Daniel. Noutras palavras: Deus deu a Daniel um quadro geral dos eventos futuros relacionados com Israel e a João, no Apocalipse, deu os detalhes desses eventos", logo está claro que uma errônea interpretação dessa profecia, conforme dissemos acima, inexoravelmente irá influenciar toda a Escatologia, nisso tanto o expoente da Teologia Judaizante, como nós estamos de acordo.
Na página 62, o Pr. Antônio Gilberto diz: " A autenticidade desta Profecia foi atestada por Jesus em Mateus 24:15, onde Ele também mostra que a última das setenta semanas é ainda futura, uma vez que o fato ali citado por Jesus ainda não ocorreu depois que Ele proferiu aquelas palavras", vemos aqui que o Autor faz tal afirmação com fulcro nas suas elucubrações Judaizantes, dizendo o que a Bíblia não diz, mas de certa forma há algo de positivo, como veremos adiante, pois o ano 70 DC ainda seria o futuro da época do Ministério de Cristo.



Que Semanas são septetos é de conhecimento de todos os Teólogos, ou seja, as 70 semanas são 490 anos, sendo divididas em 3 grupos, sendo um grupo de 07 septetos(49 anos), outro grupo de 62 septetos(434 anos) e mais outro grupo de 01 septetos(07 anos).
Na interpretação das datas começam as discordância, pois há Teólogos que dizem que se deve iniciar em 457 AC, quando ocorreu o descrito em Esdras 7, e há outros Teólogos que afirmam que se deve iniciar a contagem em 445 AC, quando ocorreu o descrito em Neemias 2, entretanto, considerando que em 526 DC Dionísio ao elaborar o atual calendário, errou nos cálculos, o que não terá acontecido com os cálculos de datas, genealogias etc. de mil anos antes de Dionísio? Portanto, a interpretação das Setentas Semanas deve ser feita de outra forma, a saber: Em Daniel 9:24 o Anjo Gabriel diz que seis fatos irão ocorrer dentro das Setentas semanas, logo se provarmos que os seis fatos já aconteceram, por conseguinte as Setentas semanas já se completaram, assim estaremos livres dos grilhões das hipotéticas datações eivadas de equívocos.
Em Daniel 9: 25 lemos: " Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o Messias, O Príncipe, haverá Sete Semanas e sessentas e duas semanas" ,ou seja, 483 anos, porém aqui não há alusão à morte do Messias, levando-nos à conclusão de que se trata do início de seu Ministério, pois somente no versículo 26 é que se menciona a morte do Messias, APÓS O GRUPO DE 62 SEMANAS, que somados às primeiras 7 semanas fornecem a informação de que o Messias só seria morto depois das 69 semanas de anos e não durante este período, pelo que diz: " DEPOIS das sessenta e duas semanas será morto o Messias".



O Pr. Antônio Gilberto, na página 63 de seu livro, afirma categoricamente que o Messias seria morto no segundo grupo de semanas, portanto os Teólogos Judaizantes dizem o que a bíblia não diz. Analisando o terceiro grupo de semanas, na página 64, o Pastor em tela declara: " Esta semana, a saber a última, é futura. Para ver isso é bastante comparar o versículo 27( Cap. 9) com as palavras de Jesus em Mateus 24: 15, que ainda não se cumpriram. Esta última semana não começará enquanto Israel estiver fora da sua terra, disperso, o que pode ser visto no versículo 26. No começo deste século(XX), Israel iniciou a volta a Palestina e continua o retorno enquanto escrevemos estas linhas( Março/1983)", vejam que a profecia de Daniel foi distorcida pelos Teólogos Judaizantes, os quais não conseguem ver que Mateus 24: 15 se refere à destruição do Templo no ano 70 DC. Tais Teólogos forçam as escrituras a dizer o que não dizem, alguns apelam até para " a lei da dupla referência" dizendo que essa passagem de Mateus também se refere ao futuro distante. Ora, data vênia.
Transcrevemos In totum uma esdrúxula interpretação Judaizante registrada na página 64 do livro em análise: " Há um intervalo de tempo entre a 69ª e a 70ª semanas, indicado no versículo 26, pela expressão e até o fim. Neste intervalo( que já vai para 2000 anos), enquanto Israel é rejeitado( ver Lucas 13: 34,35) a Igreja é formada e arrebatada para o céu. Realmente, à luz de Daniel 9: 24, a profecia das setentas Semanas nada tem com a Igreja, a não ser indiretamente, como já mostramos, no caso do intervalo: e até o fim." Observem até que ponto chega o obscurantismo da Teologia Judaizante, transformaram a Igreja, a qual é A PLENITUDE DE DEUS, conforme Efésios 1: 22,23, num simples parêntesis, quebrando a seqüência lógica e Bíblica das Setentas semanas, baseando-se apenas em "e até o fim".

Voltando ao ponto central do debate, que é Daniel 9:24, onde se lê que dentro dos Setentas Septetos terá de ocorrer os seguintes fatos: 1- A Prevaricação se consume(ou cessar a transgressão); 2- O Pecado tenha o seu fim( ou Dar fim aos pecados);3- A Iniquidade se pague( ou Expiar a iniquidade);4- A Justiça Eterna seja trazida( ou Trazer a Justiça Eterna);5- A Visão e as Profecias se cumpram( ou Selar a visão e a Profecia);6- Ungir o Santíssimo(ou Ungir o Santo dos santos). Os fatos descritos fora dos parênteses são da tradução ao Português da Vulgata Latina, de 1936, Lisboa, enquanto que as mencionadas entre parêntesis das traduções Revista e Corrigida e Revista e Atualizada, bem como de outras mais da atualidade. Quero fazer uma ressalva aos leitores. Quanto mais moderna for a tradução Bíblica, mais eivada de interpretações Judaizantes. Vejam a absurda e estapafúrdia tradução da BÍBLIA VIVA, de Daniel 9: 24 no que tange aos seis fatos em análise: "1- Se afastar do pecado;2- Toda culpa dos JUDEUS será apagada;3-Então o Reino da Eterna Justiça começará;4- O lugar mais Santo, no TEMPLO EM JERUSALÉM, será novamente dedicado, como os profetas prometeram." Observem que a Teologia Judaizante está caminhando para o seu apogeu, ainda não o é, mais coisas assombrosas virão, e ouso até a vaticinar que haverá briga entre Cristãos para poderem sacrificar um animal no futuro templo dos Judeus. Detalhe, eu não esqueci dos outros 02 fatos, a BÍBLIA VIVA mesclou os seis pontos em quatro. Sua tradução Judaizante é tão escancarada que ousaram acrescentar as escrituras o que os demais Judaizantes apenas interpretavam, conforme as palavras que destacamos acima. Infelizmente essas são as traduções que estão chegando às mãos dos Cristãos Neófitos, o que nos dará trabalhos Sansônicos, para não dizer hercúleos, para refutá-los.
Antes de emitir nossa opinião acerca dos seis itens de Daniel 9:24, vamos transcrever a opinião do Pr. Antônio Gilberto, expoente da teologia Judaizante, que consta na página 65 de seu livro: " 1- Cessar a Transgressão, seria o tipo de transgressão dos Judeus, que Daniel acabara de confessar;2- Dar fim aos pecados, seria tornar inativo o pecado;3- Expiar a Iniquidade, seria que a abra realizada por cristo no calvário OPERARÁ ENTÃO em favor dos judeus( Se essa absurda interpretação fosse correta, nenhum Judeu poderia Ter sido salvo até hoje);4- trazer a justiça Eterna, só terá lugar em Israel pela transformação interior, citando inclusive Jeremias 31: 33,35, (Como se essa passagem ainda não tivesse já seu cumprimento, conforme nos ensina o autor aos Hebreus);5- Selar a visão e a Profecia, seria que quando o povo(Judeus) andar em retidão, abandonando as suas transgressões, a visão e a profecia podem ser seladas;6-Ungir o Santo dos santos, diz o Pr. : CERTAMENTE isto tem a ver com a purificação do TEMPLO DE JERUSALÉM que foi profanado pela abominação desoladora, mencionada em Daniel 11: 31 e à qual se referiu Jesus em Mateus 24:15". E Conclui o Pr. Antônio Gilberto, no último parágrafo da página 68, quando finda sua análise das Setentas Semanas de Daniel, dizendo: " É COM O MILÊNIO QUE TERÁ INÍCIO O CUMPRIMENTO DAS SEIS BENÇÃOS DE DEUS SOBRE ISRAEL, PREDITAS NO VERSÍCULO 24 DA PROFECIA QUE ESTAMOS ESTUDANDO.", vejam caros leitores, o cumprimento das palavras do Senhor que diz: " Tende olhos e não vedes", pois o próprio versículo citado por ele diz que as seis bênçãos ocorrerão dentro das Setenta Semanas e não depois.
Passamos a expor a nossa opinião, a qual não é exclusividade nossa, mas o pensamento da Igreja até que os teólogos Judaizantes surgissem: 1- A Prevaricação se consume, ocorreu quando os Judeus disseram: " Não temos Rei, senão César", João 19: 25. A Prevaricação iniciada com o Bezerro de ouro, registrada em Êxodo 32, se consumou na rejeição e crucificação do Messias;2- O Pecado tenha o seu fim. Em Hebreus 9:26 lemos: " ..... mas AGORA, na consumação dos séculos, UMA VEZ POR TODAS se manifestou para ANIQUILAR O PECADO pelo sacrifício de si mesmo", logo o pecado foi aniquilado, tendo seu fim na morte do Messias. Atente para as palavras em destaque;3- A iniquidade se pague. Ora, pagamento de iniquidade é a própria essência da Expiação, portanto esse item ocorreu na morte de cristo, que foi uma morte Expiatória, conforme 53:10 de Isaías;4- Trazer a Justiça Eterna. Em Romanos 3:21-26 está claro que a Justiça de Deus já foi trazida, atentem para o AGORA do versículo 21. No salmo 119:142 lemos: " A tua Justiça é Justiça Eterna";5- As visões e as Profecias se cumpram. Em Lucas 24:25-27 lemos que Jesus se refere a TUDO que os Profetas disseram e elenca o que dele se achava escrito em TODAS AS ESCRITURAS, portanto aquelas profecias do Antigo Testamento, que não foram repetidas no Novo Testamento, foram cumpridas e estão seladas; 6- Ungir o Santíssimo. Só a explicação deste item seria suficiente para provar que os setenta septetos já se findaram. Dizer que um Templo de pedras, argamassa e metais é o Santo dos santos é uma blasfêmia, é não entender que Deus não habita em templo feitos por mãos humanas, é começar pelo Espírito e terminar na carne, pois se o Novo Testamento diz que a Igreja é o Templo de Deus( I Coríntios 3:16), os Teólogos Judaizantes querem fazer Deus semelhante aos Homens, porque na verdade somos nós os homens que começamos pelo Espírito e terminamos na carne. Declaro que o Santíssimo é JESUS DE NAZARÉ , o qual " Deus ungiu com o Espírito Santo e poder", conforme Atos 10: 38, leiam também Atos 4:27 e Isaías 61:1.


Da análise dos seis itens, vemos que os mesmos já foram cumpridos e considerando que deveriam ocorrer dentro dos setenta septetos, concluímos que as Setenta Semanas de Daniel já se cumpriram.
Já sei, os leitores estão se perguntando: E o pacto POR UMA SEMANA? Ora, a Profecia não diz um Pacto com os Judeus, quem diz isso são os Teólogos Judaizantes. Daniel 9:27 fala que ELE fará um PACTO FIRME COM MUITOS EM UMA SEMANA, que é a tradução correta e não POR UMA SEMANA, conforme as atuais traduções Judaizantes. O Pacto é firme, COM MUITOS e EM uma semana, ou seja, um Pacto eterno, com os que crêem, quer sejam Judeus ou Gentios, no meio da última Semana. Em Mateus 26:27,28 lemos: " E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue do NOVO PACTO, o qual é derramado por MUITOS para remissão dos pecados."
Os Teólogos Judaizantes chegam ao ponto de dizer que o ELE é o Anticristo, enquanto que a Igreja sempre interpretou o ELE como sendo o Messias. O ELE é Cristo, o qual no meio da última semana, ou seja, no final de seu Ministério, decorridos três anos e meio de SEU Batismo no Rio Jordão, fez um Pacto Firme, A nova Aliança, com muitos, isto é, com os que NELE crêem, tendo feito cessar as ofertas do Antigo Testamento, pois com seu próprio sacrifício vicário na cruz do calvário, todas as outras ofertas se tornaram desnecessárias e ineficazes, as quais se agora praticadas caracterizarão verdadeiras abominações, razão pela qual o General Romano Tito, em 70 DC, veio como Assolador em meio à Abominação Desoladora.
Sobre os Teólogos Judaizantes se cumpre o que o Apóstolo Paulo disse: "Aprendem sempre, mas nunca chegam ao conhecimento da verdade."

Dados do autor:


Detalhes:
Oficial da PMERJ, membro da UEPMERJ 



(União dos Evangélicos da PMERJ).
Casado e membro da igreja Presbiteriana e Estudante de Direito.
















































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